"Eu acho que o debate não está no bom caminho e, sinceramente não é uma polarização com o governo", disse ministro
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba
O polêmico Projeto de Lei que prevê que o aborto feito acima de 22 semanas de gestação, em qualquer situação, passará a ser considerado homicídio, inclusive no caso de gravidez resultante de estupro, foi criticado nesta sexta-feira (14) pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Para o petista, o debate está sendo conduzido de maneira equivocada.”Eu acho que esse debate não pode ser encaminhado para a polarização política ou para circunstâncias ideológicas ou religiosas”, disse em coletiva de imprensa durante a assinatura da ordem de serviço do VLT do Subúrbio de Salvador.
“Eu acho que o debate não deve ser feito nessas circunstâncias, porque haveremos de perder milhares de vidas de jovens que dvem ser salvar. Eu acho que o debate não está no bom caminho e, sinceramente não é uma polarização com o governo. Isso é fruto, na minha opinião, de um momento difícil que a humanidade vive, que substitui o debate de méritos, de conteúdo, um debate denso sobre as coisas, a humanidade historicamente sempre gastou tempo para escrever um livro, teses, debatendo com cientistas e pesquisadores para encontrar soluções. E no mundo de hoje, esse mundo do X, antigo Twitter, da lacração, o que a gente presencia é um mundo que debate menos, ler menos, e que a política vai ficando mais desqualificada, mais violento. Precisamos olhar para o outro com um pouco mais de fraternidade”, completou o ministro.
Rui Costa defendeu ainda a vida das mulheres vítimas de violência. Para ele, essas vidas são “prioridade em qualquer circunstância”. “Sempre disse em temas sensíveis como esse que, para quem, de fato, carrega Deus na alma, no coração, que está na política com esse espírito, com esse espírito cristão, nossa missão é cuidar de gente e salvar vidas humanas, em qualquer circunstância, em qualquer momento. Uma pessoa que tenta um suicídio por problemas emocionais na sua vida, todos nós teremos que subir em prédios, resgatar, salvar aquela vida humana. Assim é em circunstâncias fruto de violência, uma jovem, uma adolescente engravidar por um ato de estupro e se ela, dadas as circustâncias, vai no desespero e provoca um aborto, não é porque perdeu uma vida que vai perder duas, e nós temos que salvar todas as vidas, inclusive a vida da mãe”, afirmou o ministro da Casa Civil.
Fonte bahiaba
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